quarta-feira, 17 de maio de 2017

Subdomínio 1 – Riscos naturais
Objetivos gerais
Síntese
1. Conhecer conceitos relacionados com a teoria do risco.
Catástrofes naturais – são eventos meteorológicos e geológicos graves e extremos que ocorrem, naturalmente, em todo o mundo, provocando perdas humanas e materiais.
Risco – possibilidade, dadas as condições naturais, de ocorrência de um fenómeno natural perigoso para as pessoas e seus bens e que, ao concretizar-se, se torna numa catástrofe natural.
Suscetibilidade – tendência, probabilidade de ocorrência de um fenómeno natural perigoso numa determinada região.
Vulnerabilidade – condição de risco de pessoas e bens materiais, como habitações e infraestruturas, expostos a um processo natural perigoso.
2. Compreender os furacões e os tornados como riscos climáticos com consequências para o meio e para a sociedade.
Um tornado é um fenómeno meteorológico repentino e de curta duração, que se forma no interior dos  continentes e que corresponde a uma forte corrente giratória e ascendente do ar, formando uma coluna que liga a superfície terrestre a uma nuvem de grande dimensão.
Os ciclones tropicais são centros de baixas pressões atmosféricas que se formam sobre os oceanos, entre os 5o e os 25o de latitude norte e sul, e que podem evoluir para uma tempestade violenta. Duram vários dias, seguindo um percurso que pode afetar diferentes regiões. Designam-se como: ciclones, no Índico; furacões, no Atlântico; e tufões, no Pacífico.
Os tornados e os ciclones tropicais são fenómenos meteorológicos extremos, ou seja, tempestades violentas, acompanhadas de ventos muito fortes e, no caso dos ciclones, de chuvas intensas e ondas gigantes que galgam a terra e provocam inundações. A intensidade destas tempestades reflete-se no seu poder destrutivo
Ainda não é possível prever a ocorrência de tornados, mas existem modernos meios de observação meteorológica que permitem prever a formação de um furacão até cinco dias de antecedência, assim como estimar, com alguma precisão, a sua trajetória. Assim, é possível alertar a população, podendo, assim, prevenir-se e, em muitos casos, abandonar as áreas de maior risco, colocando-se a salvo.
3. Compreender as secas como um risco climático com influência no meio
e na sociedade.
Uma seca é um período de persistência anómala de tempo seco, de modo a causar problemas no abastecimento de água, que, geralmente, começa como seca meteorológica – período mais ou menos prolongado com valores de precipitação anormalmente baixos – provocando a seca hidrológica – redução dos níveis médios da água nos reservatórios (albufeiras), rios, lagos, toalhas freáticas e aquíferos.
Uma seca meteorológica tem origem na influência de um anticiclone sobre uma região durante muito tempo, impedindo a formação de precipitação.
As regiões mais afetadas pelas secas, além das zonas de deserto, são as de clima tropical seco e de clima mediterrâneo. Em áreas do interior dos continentes, muito afastadas do mar ou protegidas por barreiras de relevo, também é frequente a ocorrência de secas.
As secas provocam graves prejuízos económicos, sobretudo na agricultura; degradam os solos; e facilitam a salinização das toalhas freáticas e contribuem para a redução da biodiversidade. Às secas prolongadas podem associar-se a propagação de pragas e pestes e a escassez de alimentos, levando à perda de muitas vidas humanas.
Para mitigar os efeitos das secas meteorológicas podem ser tomadas medidas como: a construção de albufeiras e outros reservatórios, para armazenar água; criação de infraestruturas de captação e tratamento de água; redução de práticas agrícolas que degradam e esgotam os recursos hídricos; redução ou eliminação das fontes de poluição e degradação da água e racionalização do seu consumo.
5.         Compreender as cheias e as inundações como riscos hidrológicos com influência no meio e na sociedade.
Uma cheia é um fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, natural ou induzido pela ação humana, que consiste no transbordo de um curso de água relativamente ao seu leito normal, originando a inundação dos terrenos ribeirinhos (leito de cheia). Uma inundação – submersão de uma área usualmente emersa – é também um fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável.
As cheias e inundações resultam de chuvas intensas e continuadas ou chuvas fortes e de curta duração; da fusão de neves e gelo; da subida de águas subterrâneas; da queda de um dique ou paredão de uma barragem, podendo também ser causadas por ondas que galgam a costa, sobretudo quando ocorrem tsunamis, e ciclones tropicais.
As inundações são mais frequentes nas regiões onde o clima tem uma estação de precipitação mais abundante e intensa, como na Ásia das Monções e onde há condições para a formação de chuvas convectivas, repentinas e de curta duração, como no interior da Europa e da América do Norte.
Têm consequências, como perda de habitações e, por vezes, de vidas humanas; isolamento de casas e povoações; prejuízos e danos materiais, inundação e/ou estragos em vias de comunicação e outras infraestruturas; interrupção das atividades económicas e algumas alterações ambientais.
Podem ser prevenidas, e os seus efeitos minimizados, através de uma correta gestão das bacias hidrográficas, que inclui construção de barragens para regularizar os caudais; ordenamento das áreas ribeirinhas e limpeza regular dos leitos de cheia; criação e manutenção de sistemas eficazes de escoamento das águas pluviais, nas áreas urbanizadas e reflorestação dos terrenos com risco de derrocada, evitando a construção nessas áreas.

Sem comentários:

Enviar um comentário