Subdomínio 1 – Riscos naturais
|
|
Objetivos gerais
|
Síntese
|
1. Conhecer conceitos relacionados com a teoria do risco.
|
Catástrofes naturais – são eventos
meteorológicos e geológicos graves e extremos que ocorrem, naturalmente, em
todo o mundo, provocando perdas humanas e materiais.
Risco – possibilidade, dadas as
condições naturais, de ocorrência de um fenómeno natural perigoso para as
pessoas e seus bens e que, ao concretizar-se, se torna numa catástrofe
natural.
Suscetibilidade – tendência,
probabilidade de ocorrência de um fenómeno natural perigoso numa determinada
região.
Vulnerabilidade – condição de risco
de pessoas e bens materiais, como habitações e infraestruturas, expostos a um
processo natural perigoso.
|
2. Compreender os furacões e os tornados como riscos
climáticos com consequências para o meio e para a sociedade.
|
Um tornado é um fenómeno
meteorológico repentino e de curta duração, que se forma no interior dos continentes e que corresponde a uma forte
corrente giratória e ascendente do ar, formando uma coluna que liga a
superfície terrestre a uma nuvem de grande dimensão.
Os ciclones tropicais são centros
de baixas pressões atmosféricas que se formam sobre os oceanos, entre os 5o
e os 25o de latitude norte e sul, e que podem evoluir para uma
tempestade violenta. Duram vários dias, seguindo um percurso que pode afetar diferentes
regiões. Designam-se como: ciclones, no Índico; furacões, no Atlântico; e tufões,
no Pacífico.
Os tornados e os ciclones tropicais
são fenómenos meteorológicos extremos, ou seja, tempestades violentas,
acompanhadas de ventos muito fortes e, no caso dos ciclones, de chuvas
intensas e ondas gigantes que galgam a terra e provocam inundações. A
intensidade destas tempestades reflete-se no seu poder destrutivo
Ainda não é possível prever a
ocorrência de tornados, mas existem modernos meios de observação
meteorológica que permitem prever a formação de um furacão até cinco dias de antecedência,
assim como estimar, com alguma precisão, a sua trajetória. Assim, é possível
alertar a população, podendo, assim, prevenir-se e, em muitos casos,
abandonar as áreas de maior risco, colocando-se a salvo.
|
3. Compreender as secas como um risco climático com
influência no meio
e na sociedade. |
Uma seca é um período de
persistência anómala de tempo seco, de modo a causar problemas no
abastecimento de água, que, geralmente, começa como seca meteorológica –
período mais ou menos prolongado com valores de precipitação anormalmente
baixos – provocando a seca hidrológica – redução dos níveis médios da água
nos reservatórios (albufeiras), rios, lagos, toalhas freáticas e aquíferos.
Uma seca meteorológica tem origem
na influência de um anticiclone sobre uma região durante muito tempo,
impedindo a formação de precipitação.
As regiões mais afetadas pelas
secas, além das zonas de deserto, são as de clima tropical seco e de clima
mediterrâneo. Em áreas do interior dos continentes, muito afastadas do mar ou
protegidas por barreiras de relevo, também é frequente a ocorrência de secas.
As secas provocam graves prejuízos
económicos, sobretudo na agricultura; degradam os solos; e facilitam a salinização
das toalhas freáticas e contribuem para a redução da biodiversidade. Às secas
prolongadas podem associar-se a propagação de pragas e pestes e a escassez de
alimentos, levando à perda de muitas vidas humanas.
Para mitigar os efeitos das secas
meteorológicas podem ser tomadas medidas como: a construção de albufeiras e
outros reservatórios, para armazenar água; criação de infraestruturas de
captação e tratamento de água; redução de práticas agrícolas que degradam e
esgotam os recursos hídricos; redução ou eliminação das fontes de poluição e
degradação da água e racionalização do seu consumo.
|
5. Compreender as cheias e as inundações como riscos
hidrológicos com influência no meio e na sociedade.
|
Uma cheia é um fenómeno hidrológico
extremo, de frequência variável, natural ou induzido pela ação humana, que
consiste no transbordo de um curso de água relativamente ao seu leito normal,
originando a inundação dos terrenos ribeirinhos (leito de cheia). Uma
inundação – submersão de uma área usualmente emersa – é também um fenómeno
hidrológico extremo, de frequência variável.
As cheias e inundações resultam de
chuvas intensas e continuadas ou chuvas fortes e de curta duração; da fusão
de neves e gelo; da subida de águas subterrâneas; da queda de um dique ou
paredão de uma barragem, podendo também ser causadas por ondas que galgam a
costa, sobretudo quando ocorrem tsunamis, e ciclones tropicais.
As inundações são mais frequentes
nas regiões onde o clima tem uma estação de precipitação mais abundante e
intensa, como na Ásia das Monções e onde há condições para a formação de
chuvas convectivas, repentinas e de curta duração, como no interior da Europa
e da América do Norte.
Têm consequências, como perda de
habitações e, por vezes, de vidas humanas; isolamento de casas e povoações; prejuízos
e danos materiais, inundação e/ou estragos em vias de comunicação e outras
infraestruturas; interrupção das atividades económicas e algumas alterações
ambientais.
Podem ser prevenidas, e os seus
efeitos minimizados, através de uma correta gestão das bacias hidrográficas,
que inclui construção de barragens para regularizar os caudais; ordenamento
das áreas ribeirinhas e limpeza regular dos leitos de cheia; criação e
manutenção de sistemas eficazes de escoamento das águas pluviais, nas áreas
urbanizadas e reflorestação dos terrenos com risco de derrocada, evitando a
construção nessas áreas.
|
Blog de Geografia, que serve de apoio à aulas, relembrando conteúdos, técnicas geográficas e apresentado curiosidades da Terra.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário