quarta-feira, 17 de maio de 2017

Subdomínio 2 (1) – Riscos mistos: atmosfera
Objetivos gerais
Síntese
1. Compreender a importância da atmosfera no equilíbrio térmico da Terra.
A atmosfera – camada gasosa que envolve a Terra – protege a superfície terrestre de meteoros que passam perto do nosso planeta e da radiação solar nociva para a vida na Terra, contém oxigénio – gás essencial para a vida vegetal e anima –, além de regularizar as temperaturas, pelos fenómenos de absorção, reflexão e pelo efeito de estufa.
Tem uma espessura média de cerca de 1000 km, atingindo maior altitude no equador, devido ao movimento de rotação da Terra. Pela sua densidade e temperatura, é possível distinguir diversas camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.
Da radiação solar que chega ao topo da atmosfera, grande parte é refletida e absorvida pela atmosfera, nuvens e poeiras, chegando à superfície terrestre apenas cerca de 48%. Essa radiação é absorvida pela superfície terrestre, que a converte em energia calorífica, sendo emitida pela Terra – radiação terrestre.
A atmosfera é constituída, essencialmente, por gases que não absorvem a radiação terrestre, deixando que uma parte se escape para o espaço. Porém, outros gases absorvem a radiação terrestre e refletem-
-na, de novo, para a superfície – contrarradiação. São os gases com efeito de estufa (GEE). Os mais importantes são o vapor de água, o ozono e o dióxido de carbono e outros, como o metano, os óxidos de azoto e os clorofluorcarbonetos (CFC).
As nuvens e poeiras da poluição atmosférica também contribuem para este processo, que mantém, à superfície terrestre, uma temperatura média de 15oC, aproximadamente, criando condições para a existência de vida na Terra.
A atmosfera desempenha, ainda, um papel fundamental no ciclo hidrológico, pois absorve, retém e liberta a água, permitindo, assim, a sua contínua circulação e a ocorrência dos fenómenos meteorológicos.
2. Compreender a influência da poluição atmosférica na formação do smog e das chuvas ácidas.

A poluição atmosférica gera problemas como o smog e as chuvas ácidas. A designação de smog refere-se a uma espécie de neblina de fumo e outros poluentes que pairam nos céus de muitas cidades do mundo, em certos dias, devido ao movimento rodoviário, à indústria e ao aquecimento de edifícios de serviços e habitação.
O smog provoca dores de cabeça, náuseas, irritação nos olhos e na garganta; agrava os problemas respiratórios e deposita-se sobre edifícios e monumentos, enegrecendo as cidades e elevando os custos de conservação do património edificado. Contribui, ainda, para o maior aquecimento urbano e para a formação das «ilhas de calor».
As medidas que reduzem o risco de formação de smog e os seus efeitos baseiam-se na redução do tráfego rodoviário e na deslocalização das indústrias para a periferia.
Para prevenir a sua formação, é necessário reduzir a emissão dos gases que lhe dão origem, sobretudo pela substituição das tradicionais fontes de energia por outras menos poluentes: eólica, solar, etc.
As chuvas ácidas resultam do uso de combustíveis fósseis, que libertam gases como o dióxido de enxofre e o óxido de azoto. Estes gases reagem com o vapor de água da atmosfera, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico, que são depositados na superfície terrestre, geralmente dissolvidos na água da chuva – chuvas ácidas.
As chuvas ácidas têm consequências, como a destruição de extensas áreas de floresta; a corrosão de estátuas, edifícios e monumentos; problemas respiratórios e pulmonares na população; acidificação e erosão dos solos, levando à diminuição dos rendimentos agrícolas e ao desaparecimento da flora; acidificação da água de lagos e rios, fazendo desaparecer grande parte da fauna e da flora.
Para prevenir a formação de chuvas ácidas é necessário reduzir o uso de combustíveis fósseis, apostando mais nas fontes de energia renováveis e não poluentes.

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